Ao contar a história da ocupação do estado da Virgínia no início do século XVII, o diretor usa o encantamento que toma conta de um oficial inglês e de uma indiazinha para retratar a relação entre colonizador e colonos, numa mistura de curiosidade e conflito. O que era óbvio para quem conhece o estilo do diretor parece estar frustrando a platéia que vai ver o filme "enganada sim" pela ação que é vendida no trailer: o cinema de Malick é contemplativo, com poucos diálogos e imagens belíssimas. Mas a história está toda ali, encantadora para quem está disposto a desvendá-la. Porque é assim que ele filma, a ação não está no primeiro plano, não é jogada na cara do público. Para ficar mais fácil de entender: se o cinema dele fosse literatura, seria poesia e não prosa. E exige mais que um simples olhar para ser decifrado, pede coração.
4 comentários:
É isso mesmo!
abraço
Valeu, Harry.
:)
Abração.
Sim, poesia.
É, Roger, acho que ninguém discorda disso, né?
Abração
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