Khaled e Said são palestinos, amigos de infância e trabalham juntos numa oficina mecânica. Até o dia em que recebem a missão de se transformarem em homens-bomba para vingar mais um atentado israelense. Eles aceitam, não porque entendam, concordem ou coisa parecida: a sua cultura é aquela, vivem isso desde que nasceram. Apesar de tudo ter sido devidamente planejado, algo sai errado e os dois se vêem presos às bombas, entre a dúvida de seguir em frente por conta e risco ou voltar para casa. É o paraíso prometido podendo se transformar no inferno da vergonha, do fracasso. Ao retratar suas dúvidas e angústias, "Paradise Now" nos revela um círculo vicioso de matança que nada acrescenta em relação a um acordo de paz: é sangue pedindo mais sangue. As cenas tocantes são muitas. Ao condenar a ação dos homens-bomba, uma moça que se interessa por Said questiona: "Vocês já pararam para pensar em quem fica?", não se referindo somente à família e amigos, mas ao próprio povo palestino que herdará um outro atentado e tantas mortes como resposta. A última noite dos mártires com suas famílias também é de matar. O desfecho com a sala do cinema no mais absoluto silêncio e escuridão - enquanto sobem os créditos - é um soco no estômago e faz a platéia deixar a sessão imersa na mais pura reflexão.
3 comentários:
nao quero ver esse filme. terrorismo eh um assunto que me deixa nauseada...
beijo,
Fer, mas os questionamentos feitos nesse filme fazem a diferença. Tente ver qualquer hora. Beijo.
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