
É interessante que, justamente numa ficção baseada nos quadrinhos da Marvel, Robert Downey Jr. tenha encontrado munição para construir um personagem bem verossímil, numa grande atuação, talvez a melhor do ator. Confesso que o Homem de Ferro nunca foi meu herói preferido, mas essa produção do Jon Favreau conseguiu engrandecê-lo, superando inclusive o desafio nada fácil de prender a atenção do público ao contar a origem do super-herói, haja vista que, nesse gênero, as pessoas querem mais é ver ação. Com certeza, o caráter ambíguo de Tony Stark - um jovem bilionário da indústria bélica, inventor genial, sempre cercado por belíssimas mulheres que ele trata como brinquedinhos descartáveis - é um prato cheio para que Downey explore as contradições morais do personagem. Preso por terroristas para construir uma poderosa arma nuclear durante a Guerra do Iraque, ele cria uma armadura-de-aço-voadora que, passa a usar, ironicamente, para combater o crime e as guerras que seu negócio sempre ajudou a alimentar. As cenas em que Stark está aperfeiçoando e testando as potencialidades do "uniforme" do Homem-de-Ferro são hilárias, com explosões, tombos e curtição por parte dos robôs-auxiliares. Jeff Bridges está bem como o vilão do filme, apesar do seu monstrengo pra lá de over nos instantes finais.
2 comentários:
Tenho uma opinião parecida a respeito desse, inclusive quanto à cotação. Não chega a ser um grande filme de super-herói (espero que "The Dark Knight" o seja), mas sem dúvida é bem divertido - sem falar na presença do Robert Downey Jr., o qual sempre chama a atenção.
Vinícius,
sabe que eu acho que - se não chega a ser um "grande filme de super-herói" - "Homem de Ferro" chega perto. Se tivesse um vilão mais ardiloso, com certeza ele seria ainda melhor. E como eu já disse, Downey Jr. está muito bem.
Abração
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