janeiro 12, 2006

"Amor para sempre"

(Enduring love, 2004 - Roger Michell)
"Amor para sempre" começa com uma cena espetacular envolvendo um acidente de balonismo - e é, sem sombra de dúvida, a seqüência mais emblemática do filme, seja pelo que tem de tensão, seja pelo que tem de beleza. Uma estranha relação se estabelece entre dois dos homens que tentavam controlar o balão: Joe (Daniel Craig) e Jed (Rhys Ifans). O primeiro é um professor apaixonado por uma artista plástica (Samantha Morton). O segundo entra na vida de Joe como se quisesse expurgar algum trauma do tal acidente com o balão. A marcação é cerrada, com o indivíduo aparecendo em todos os lugares em que o professor se encontra. Até aqui tudo ok, o clima de perseguição, invasão e insanidade funciona superbem. Mas depois de um certo tempo vem o problema do filme: essa obssessão cheira a deva-ju e a partir de então pouca coisa surpreende na história.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu achei esse filme abominável, excluindo-se a cena do balão caindo, pode-se jogar o resto fora. Segundo suas cotções seria um "Ícaro no labirinto", com muito orgulho.

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Ok, Gabriel. Como eu disse no post, tem um momento do filme que ele despenca mesmo... mas até chegar nesse ponto, acho que ele vai muito bem e garante essa cotação acima da média. Mas tudo bem, as diferenças são muito bem-vindas aqui. Abração.