Não é que o filme não tenha qualidades - ele as tem sim! As atuações são bacanas, o roteiro não desliza, as locações e reconstituição de época estão ok, a fotografia meio lavada - em tons acinzentados - passa bem o clima da desolação que precisa ser mostrada. Mas contar a história do desdobramento do assassinato da comissão olímpica israelense em Munique pedia mais do que explosões e alguns mea culpas. Porque a vingança com suas perseguições e matanças à moda terrorista (com tudo voando pelos ares) por quase 3 horas não surpreende, choca menos a cada bomba, é esperada e recebida com bocejos (na sessão em que eu estava, mais de 20 pessoas deixaram a sala antes do término da projeção). Lá vou eu repetir "King Kong" mas - convenhamos! - uma hora a menos de duração faria um bem a "Munique" que a Universal e a Dreamworks nem fazem idéia! O que o filme tem de mais interessante - e no fundo, acho que era isso que eu esperava assistir - só aparece na meia hora final: o questionamento sobre todas aquelas mortes, a constatação de que sangue só traz mais sangue de volta, as culpas, as angústias... enfim, se o lado mais íntimo dos ativistas israelenses, com suas dúvidas e medos, tivesse sido o foco de "Munique", o filme seria muito melhor. Tenho certeza!
5 comentários:
Eu discordo de vc mais uma vez. Munique é fantástico, um dos melhores trabalho de Spielberg.
Enfim, passo para te avisar que mudei de endereço, quando der passe lá e atualize o link.
Abraços.
http://os-intocaveis.blogspot.com/
Gabriel, eu disse porque não gostei de "Munique". Depois passo no seu blog para saber porque você achou o novo Spielberg fantástico, combinado? Abração.
Nuno, quando falo em "King Kong" é por conta do tempo de duração: acho que os dois filmes seriam melhores com uma hora a menos. Abração.
Eu tb gostei de Munique, não me cansei das explosões e tudo mais, pelo contrário, achei que o Spielberg conseguiu encontrar o equilibrio entre o cinema que entretem (com as cenas de explosões e etc) e o cinema de maior apuro artisticisco (com a meia-hora final). abraço!
Michel, acho "Munique" um bom filme, mas não isso tudo que andam escrevendo. Abração.
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