janeiro 25, 2006

"Tudo em família"

(The family Stone, 2005 - Thomas Bezucha)
Nem foi o excesso de clichês que me incomodou tanto nessa comédia sobre um Natal em família onde a futura noiva (Sarah Jessica Parker ótima, como já era de se esperar) do primogênito será apresentada aos "parentes". O que me intrigou mesmo foi a maneira gratuita com que todo mundo - sem exceção - antipatizou e/ou destratou a infeliz convidada. Depois que eu aceitei essa premissa do filme, veio o pior: a fórmula fácil (e preguiçosa) escolhida para desatar os nós e desfazer as amarras entre os personagens. Uma doença daqui, uma troca de casais dali, um presente de lá; tudo muito simples para relações que pareciam tão intricadas. Ainda assim, achei o filme divertido (se bem que o clichezão do ônibus, pelamordedeus...) e, além da Mrs. Parker, se saem bem Rachel McAdams (a cunhada malvada), Luke Wilson (o cunhado viajandão) e Diane Keaton (a matriarca do clã dos Stones) - apesar dela estar longe de suas melhores atuações.

PS: Vi os trailers de "Match Point" com a Scarlett Johansson e de "Munique" com o Eric Bana (de "Hulk" e "Tróia"). O primeiro me impressionou bastante pelo que o triângulo amoroso traz de tensão e obsessão num filme de Woody Allen (!). Já o segundo... (com o tique nervoso de limpar a garganta da Meredith de "Tudo em família") ... Spielberg é Spielberg - para o bem e para o mal - e esse "Munique" me pareceu meio dejà-vu. Quero ver, mas não espero muito não.

5 comentários:

Anônimo disse...

finalmente... mas eu seria mais contundente. a santa diane keaton trabalhou só com o cerebelo. o irmão viajandão viajou foi na maionese e o sorriso torto do galã de plantão, naquela última cena (foi na última, aquele big close?) dava pra assustar até o drácula de bram stoker. talvez eu tenha esperado tanto do filme que levei um tombaço.

beijo, lindo.

Anônimo disse...

Taty, quase criei a cotação "Ícaro ´quase´ acima das ondas" para avaliar os "Stones", porque acho que ele fica aquém de um filme mediano, mas deixei as coisas como estão mesmo. As soluções fáceis do roteiro foi o que mais me chateou. Beijo.

gonn1000 disse...

Entretém, mas é banalzinho. A troca de casais é demasiado improvável e forçada, mesmo para uma comédia romântica, e a temática gay é tratada com um moralismo enjoativo e manipulador.

Anônimo disse...

Eu gostei do filme. É bem engraçado, e o elenco tá ótimo.
E achei fantástico o trailer de Munique, anseio-o muito.

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Gonn, gosto da naturalidade com que a temática gay é abordada. E mesmo a tentativa (desastrada, é verdade) de Meredith em demonstrar a preocupação dos pais com as dificuldades que um filho gay teria que enfrentar no dia-a-dia não incomoda.

Gabriel, não achei o filme tão ruim, veja que a minha cotação foi mediana. E quanto ao "Munique", foi a impressão que o trailer me passou. Pode ser que o filme me conquiste. Vamos ver.

Abraços.