fevereiro 22, 2006

"Ponto final"

(Match Point, 2005 - Woody Allen)
Desde a primeira cena, fica evidente que Allen vai abordar a trajetória do seu anti-herói sob o ponto de vista da sorte. É, sorte de ser apresentado ao "aluno certo que tem a irmã certa que tem os pais certos" para facilitar a ascensão social de um simples professor de tênis através de um belo matrimônio. O azar dele foi conhecer a estonteante Nola (Scarlett Johansson mais linda do que nunca numa atuação memorável). Mas o fato é que - apesar da história parecer promissora - o diretor nos entrega mais um filme mediano. Não sei se porque o trailer de "Match Point" já entregara 90% da história, a verdade é que esperar pelos 10% finais foi difícil. Mas não culpemos somente o trailer não, acho que - mesmo sem ele - tudo seria bem óbvio, a não ser pelo final. O elenco está todo afinado, com destaque para Johansson - claro! - e Jonathan Rhys-Meyers, o marido infiel. Aliás, são o elenco e o desfecho que impedem que o novo Allen caia na vala comum dos filmes descartáveis. Mas poderia ser bem melhor, né? Woody Allen tem cacife para mais, muito mais.

8 comentários:

Unknown disse...

Apesar de tudo um Allen mediano é melhor do que a maior parte dos outros...

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Sei não, Harry, sei não. Abraço.

gonn1000 disse...

Só mediano? Eu achei muito bom, o melhor do Allen em muitos anos.

Bruno Amato disse...

Caramba ícaro, gostei pra caramba do seu blog (o lay-out ajuda, hehe)! Quer trocar links?

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Gonn, eu esperava mais, bem mais. Abração.

Bruno, seja bem-vindo. Vou dar um pulo no seu blog e aí conversamos sobre os links, certo? Abração.

Anônimo disse...

Nuno, achei o roteiro muito óbvio. Assim, até chegar ao desfecho (que era a única coisa que me interessava), achei tudo bem arrastado. Abração.

Anônimo disse...

Descartável? Bah! Ponto Final é brilhante. Sugiro que dê mais uma chance pra ele.
:o)

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Antonio, voltarei a assisti-lo sim, mas acredito que não vá adiantar muito não. Reconheço o talendo de Allen, mas a previsibilidade do roteiro matou o filme. Sim, achei previsível, a não ser pelo final, claro! Mas até chegar ali, eu tinha matado tudo. Isso acabou o filme para mim. Abração.